O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (6/9), em entrevista à Rádio Difusora Goiana, que se reunirá com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; o advogado-geral da União, Jorge Messias; e o controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, para discutir as acusações de assédio contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. As denúncias foram reveladas pela coluna de Guilherme Amado, do *Metrópoles*.
Lula destacou que “quem pratica assédio não vai ficar no governo”, mas defendeu o direito à presunção de inocência e à ampla defesa. “Vamos colocar a Polícia Federal, o Ministério Público e a Comissão de Ética para investigar”, declarou o presidente. Uma das supostas vítimas de Almeida é a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Em Goiânia para a inauguração do BRT Norte-Sul e o anúncio de novos investimentos em Institutos Federais, Lula afirmou que tomará uma decisão sobre a permanência de Silvio Almeida no governo até o fim do dia. “O governo tem a prioridade de fazer com que as mulheres se transformem em uma parte importante da política nacional. Então, eu não posso permitir que tenha assédio”, afirmou.
Lula ressaltou os bons resultados do governo e disse que não permitirá que a conduta de uma pessoa comprometa o desenvolvimento do país. “Não vou permitir que o erro pessoal de alguém prejudique o governo. Queremos paz e tranquilidade, e assédio não pode coexistir com a democracia”, completou o presidente.
Como tudo começou
As denúncias contra Silvio Almeida surgiram na última quinta-feira (4/9), quando o colunista Guilherme Amado, do *Metrópoles*, revelou relatos de assédio sexual contra o ministro. Diversas mulheres, incluindo a ministra Anielle Franco, teriam feito acusações à organização Me Too Brasil. A Polícia Federal confirmou a abertura de um inquérito para investigar o caso, e a primeira-dama, Janja da Silva, expressou apoio a Anielle Franco em publicações nas redes sociais.
Mín. 20° Máx. 28°
Mín. 22° Máx. 29°
ChuvaMín. 22° Máx. 24°
Tempo nublado