A disputa eleitoral em Niterói reflete o cenário político polarizado que se desenrola em todo o Brasil, com figuras associadas a diferentes espectros ideológicos se enfrentando em eleições altamente competitivas. Rodrigo Neves, que foi prefeito da cidade por dois mandatos consecutivos entre 2013 e 2020, vinha confiante em uma vitória no primeiro turno. Porém, por uma margem estreita, o pedetista não conseguiu superar a marca dos 50% dos votos e agora enfrentará Carlos Jordy, do Partido Liberal (PL), em um segundo turno.
Neves, com 48,53% dos votos e uma longa trajetória política que começou no PT e passou pelo PDT, segue como favorito, mas a vantagem conquistada por Jordy, que obteve 35,60%, aponta para uma disputa acirrada. Jordy, conhecido por sua lealdade a Jair Bolsonaro e sua ascensão no cenário nacional como deputado federal, mostra-se um adversário forte, especialmente ao conseguir canalizar o apoio conservador em uma cidade tradicionalmente mais progressista como Niterói.
O terceiro lugar de Talíria Petrone (PSOL), com 12,58%, também é digno de nota, pois embora o PSOL tenha uma presença significativa no município, a polarização entre a direita bolsonarista e a candidatura de centro-esquerda de Neves diminuiu as chances da extrema-esquerda de avançar de forma mais decisiva.
Este segundo turno promete intensificar o debate político em Niterói, com Neves tentando reafirmar sua liderança e legado como prefeito, e Jordy buscando consolidar o avanço do conservadorismo na cidade, na esteira da popularidade de Bolsonaro. Mais uma vez, o embate entre o PDT e o PL reflete as divisões políticas nacionais, e o resultado pode ser visto como um microcosmo das mudanças políticas que se desenrolam em todo o Brasil.
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