Ficou perceptível na eleição municipal desse ano a derrota esmagadora da esquerda, por outro lado o grande vencedor foi o centro, no qual seus partidos saíram a frente da esquerda e da direita. Com esse cenário, o sistema passou a investir em figuras importantes para se manter no poder.
A imprensa brasileira começou a externar seu discurso, afirmando que a vitória dos partidos de centro representa um esgotamento da população em relação a polarização, dando a entender que a polarização não é boa para o povo, tendo a necessidade da ocupação do poder pelos atores do centro.
Ao analisar esse cenário, é possível voltar a eleição de 2022 e perceber que o candidato do sistema à presidência de fato não era o Lula (PT), mas sim Geraldo Alckmin (PSB), porém para o sistema chegar ao poder executivo deveria apoiar o petista, em contrapartida indicaria o vice, por outro lado, para Lula chegar ao planalto ele precisaria do sistema, ou seja, para Lula e o sistema chegarem ao poder executivo, um dependeria do outro.
Alexandre de Moraes, atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2002 pediu exoneração do Ministério Público de São Paulo para assumir o cargo de secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, nomeado pelo então governador Geraldo Alckmin, função que exerceu até 2005.
Por outro lado, Alckmin nunca conseguiu sentar na cadeira de presidente da república, mas poderia chegar perto se tornando vice-presidente do Brasil, para que isso fosse possível seria necessário fazer um acordo com Lula e ser seu vice, e para ser eleito deveria contar com ajuda do TSE, isso tudo passaria pela figura do presidente do tribunal que a época era o Ministro Alexandre de Moraes, tudo isso sinalizou um jogo de cartas marcadas, um dia Moraes foi colocado no poder do governo de São Paulo, com isso ele passou a estar devendo um favor a Geraldo, que por sua vez estava com sede para chegar à presidência da república, mesmo na condição de vice. Tudo isso demostrou que o verdadeiro candidato do sistema em 2022 não era Lula e sim Alckmin.
Rodrigo Pacheco (PSD), uma figura de centro que tem o poder de pautar o impeachment Alexandre de Moares, provavelmente irá se safar dessa responsabilidade, pois o que se diz nos corredores de Brasília é que, ele estar sendo cotado pelo governo Lula pra ser ministro, ocorrendo assim uma reforma ministerial, com esse cenário acontecendo, Pacheco vira ministro, e Moraes não corre o risco de sofrer processo de impeachment.
Essa eleição, deixou claro não só para a direita, mas sim para toda população de bem que: é preciso atualizar as estratégias, identificando os atores no cenário nacional, e expondo quem eles são e o que representam.
Com o fortalecimento do centro como o ator “moderador” e controlador do país, a Nação voltará ao cenário de anos, que é o teatro das tesouras, ou seja, o mesmo lado “disputando” o poder para não ter o risco de um terceiro ocupá-lo.
Quando se fala de polarização, há muito preconceito ou má intenção de manchar o que de fato significa essa condição, mas é por meio da polarização que se revela a intenção.
A esquerda derreteu a muito tempo, o inimigo agora é outro.
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