A 55ª edição do Fórum Econômico Mundial começou nesta segunda-feira (20.jan) em Davos, nos Alpes Suíços, com a ausência notável do presidente Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Esta é a terceira vez consecutiva que o Brasil não conta com uma representação significativa no evento, que segue até sexta-feira (24.jan) e tem como foco temas cruciais como mudanças climáticas, transição energética e inteligência artificial.
Embora o Brasil tenha enviado alguns representantes, como o presidente do STF, Roberto Barroso, e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), o espaço destinado ao país no evento permanece esvaziado. Barroso, por exemplo, abordará o uso e a regulação da inteligência artificial, enquanto Barbalho deve discursar sobre a COP30, conferência do clima organizada pela ONU e prevista para novembro, em Belém (PA).
A ausência de Lula e Haddad em um evento tão estratégico levanta questionamentos sobre as prioridades do governo federal. Enquanto outros países utilizam o Fórum de Davos para estreitar laços com investidores e discutir políticas globais, a falta de um representante da equipe econômica brasileira pode enfraquecer a posição do Brasil nos debates sobre transição energética e desenvolvimento sustentável.
Entre os brasileiros presentes estão também executivos como Ilan Goldfajn, presidente do BID, e Gustavo Pimenta, CEO da Vale, reforçando que o setor privado segue ocupando o espaço que deveria ser liderado pelo governo federal.
O secretário André Corrêa do Lago, que deveria discursar sobre a COP30, também cancelou sua ida, aumentando as críticas sobre a ausência de protagonismo do Brasil no debate climático global.
Com o tema “Colaboração para a Era Inteligente”, o Fórum de Davos enfatiza a urgência de ações coordenadas frente aos desafios do futuro. No entanto, a ausência de Lula e Haddad pode ser interpretada como um recuo estratégico, deixando o Brasil em posição de coadjuvante em temas de relevância internacional.
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