A manifestação realizada no último domingo, 16 de março, liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, reuniu cerca de 400 mil pessoas na emblemática praia de Copacabana, Rio de Janeiro. O evento não apenas demonstrou a força popular em torno da pauta da anistia aos presos políticos do dia 8 de janeiro, como trouxe um fato politicamente relevante: a presença significativa de figuras públicas identificadas com o chamado "centrão".
O comparecimento de atores políticos como Mauro Mendes, governador de Mato Grosso pelo União Brasil — partido reconhecidamente da base governista de Lula —, indica que a questão da anistia já não é mais uma pauta restrita à direita conservadora. É um tema que tem despertado preocupação ampla, avançando para o centro do espectro político nacional.
Outro exemplo ilustrativo é o deputado federal Sargento Fahur, filiado ao PSD, partido comandado por Gilberto Kassab. O próprio Bolsonaro confirmou que a sigla autorizou apoio à pauta da anistia, sinalizando um movimento político relevante dentro do Congresso Nacional.
É evidente que, ao endossar essa pauta, políticos do centrão começam a demonstrar entendimento do cenário crítico atual, posicionando-se contra os excessos autoritários do Supremo Tribunal Federal. A adesão destes atores centrais é um sinal claro e inquestionável: estão percebendo que, se não reagirem hoje, poderão ser eles mesmos silenciados amanhã.
Essa convergência política, portanto, fortalece substancialmente as articulações do ex-presidente Bolsonaro pela aprovação da Anistia no Congresso Nacional, ao mesmo tempo que expõe um realinhamento das forças políticas brasileiras diante do avanço autoritário que ameaça os fundamentos democráticos do país.
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