Documentos recentemente divulgados pelo governo dos Estados Unidos sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy trouxeram à tona informações que destacam a influência de Cuba e China na política brasileira durante a década de 1960.
Entre os arquivos, um telegrama da Agência Central de Inteligência (CIA) de agosto de 1961 revela que Fidel Castro e Mao Tsé-Tung ofereceram apoio material, incluindo "voluntários", ao então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, que liderava o movimento para assegurar a posse de João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros. Brizola, contudo, recusou a oferta, temendo que a aceitação pudesse provocar uma crise nas relações internacionais do Brasil e potencialmente levar a uma intervenção dos Estados Unidos.
Além disso, um relatório da CIA de julho de 1964, após o golpe militar que depôs Goulart, indica que os esforços de Cuba para influenciar outros países da América Latina falharam em várias ocasiões, sendo a queda do governo brasileiro uma "dura derrota" para Havana. Ainda assim, o governo cubano continuou promovendo, financiando e apoiando grupos dentro de países latino-americanos, incluindo o Brasil, a Argentina e o Chile.
Essas revelações lançam luz sobre as complexas interações políticas da época, destacando as tentativas de influência externa e as decisões internas que moldaram o rumo político do Brasil durante a Guerra Fria.
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