Deputados dos EUA pedem sanções contra Alexandre de Moraes

​Deputados norte-americanos do Partido Republicano, Rich McCormick e Maria Elvira Salazar, enviaram uma carta ao presidente Donald Trump solicitando a aplicação da Lei Global Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, Alexandre de Moraes, e seus auxiliares. A Lei Magnitsky permite ao governo dos Estados Unidos impor sanções a indivíduos acusados de violar direitos humanos, incluindo o congelamento de bens e a proibição de entrada no país. 

Na carta, os congressistas expressam preocupação com o que consideram uma deterioração da democracia no Brasil, citando o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro como uma tentativa de eliminar a concorrência política nas próximas eleições. Eles acusam Moraes de transformar o judiciário brasileiro em uma ferramenta para suprimir a oposição e proteger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, manipulando o processo eleitoral de 2026 antes mesmo de qualquer voto ser contabilizado. 

Além disso, os deputados destacam que as ações de Moraes representam uma ameaça direta aos Estados Unidos, mencionando tentativas de censura a empresas americanas como o X (antigo Twitter) e o Rumble, o que, segundo eles, compromete a soberania digital americana. Eles enfatizam a necessidade de medidas decisivas por parte do governo dos EUA, incluindo sanções da Lei Magnitsky, proibição imediata de vistos e penalidades econômicas, para que Moraes responda por suas supostas violações de direitos humanos e ações antidemocráticas.

Essa iniciativa ocorre em meio a uma movimentação internacional liderada por Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que recentemente se licenciou de seu mandato como deputado federal para buscar apoio nos Estados Unidos contra o que considera perseguições políticas no Brasil. Eduardo tem se encontrado com aliados do ex-presidente Trump e busca pressionar por sanções contra autoridades brasileiras, incluindo Moraes. 

A ação dos congressistas norte-americanos reflete a crescente tensão nas relações diplomáticas entre os Estados Unidos e o Brasil, evidenciando a influência de figuras políticas brasileiras no cenário internacional e a tentativa de internacionalizar disputas políticas domésticas. O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre a carta enviada à Casa Branca.