A entrevista com Gui Schwab no podcast Showtime revela não só a trajetória musical de um multi-instrumentista brasileiro, mas também nos oferece reflexões sobre criatividade, inovação, e os bastidores de quem transforma sons em experiências sensoriais.
Gui Schwab começou sua carreira como guitarrista, mas encontrou no didgeridoo uma nova linguagem musical. Esse instrumento de sopro, originário da Austrália, tornou-se parte vital de sua identidade artística. A descoberta veio de forma quase acidental, após ver um vídeo compartilhado por um amigo. Encantado com o som e seu uso em raves acústicas, Gui mergulhou na pesquisa e, com disciplina, aprendeu sozinho a técnica de respiração circular.
Sua viagem para Amsterdã, onde buscou aperfeiçoamento com Liz B, uma referência do didgeridoo na Europa, foi marcada por uma rede de solidariedade entre músicos. Essa acolhida o fez perceber o poder transformador da música como elo entre culturas.
Gui destaca o uso do didgeridoo em contextos de musicoterapia, onde a respiração circular e a vibração grave do instrumento promovem estados meditativos. Ele enfatiza a democratização do conhecimento musical como chave para o bem-estar coletivo.
Transportar o didgeridoo em viagens aéreas tornou-se uma aventura à parte. Gui conta episódios divertidos e estressantes ao embarcar com seu “berrante australiano”. De bazuca a obra de arte, ele já usou diversas justificativas para não despachar o instrumento e evitar danos.
Nos palcos, o didgeridoo não é apenas som, mas sensação. Gui o integra com outros instrumentos para criar atmosferas únicas, e o público já espera por sua presença. Sua performance é pensada para tocar não só os ouvidos, mas o corpo inteiro — como ele próprio diz, “é uma experiência sensorial”.
Com Pepeu Gomes, Gui vivenciou o “ensaio espiritual” — um momento de conexão musical íntima, onde detalhes são refinados sem pressão. Ele também menciona como aprendeu a importância da generosidade musical e da troca de experiências.
Gui foi premiado com um Grammy junto à banda Suricato, uma conquista que não foi celebrada presencialmente por questões financeiras. Mesmo assim, o reconhecimento consolidou sua posição na música brasileira. Além disso, seu trabalho em trilhas sonoras de novelas e documentários expande sua atuação e mostra sua versatilidade.
Gui comenta como trilhas que grava muitas vezes ganham novos significados quando inseridas em cenas inesperadas. Isso mostra a mágica da música aplicada ao audiovisual — onde o som pode moldar narrativas silenciosas e provocar emoções profundas.
Gui Schwab exemplifica como a inovação e a abertura para novos sons podem enriquecer não apenas a carreira de um músico, mas também a experiência do público. Sua trajetória é um convite para explorar instrumentos além do convencional e abraçar o aprendizado constante.
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