Em uma operação digna de filme, a Polícia Civil do Rio de Janeiro, em conjunto com o Ministério Público, desarticulou um esquema de furto cinematográfico em um apart-hotel de luxo no bairro do Gragoatá, em Niterói. O crime, que ocorreu em fevereiro deste ano, envolveu o uso de uma máscara de silicone hiper-realista, usada pelo advogado criminalista Luís Maurício Martins Galda para enganar as câmeras de segurança e evitar reconhecimento.
Galda, vestido com terno e luvas, foi flagrado circulando em áreas restritas do prédio, aparentemente falando ao celular para receber orientações em tempo real. A ação permitiu que ele arrombasse a porta do apartamento e levasse cerca de dez relógios de luxo, avaliados em aproximadamente R$ 80 mil. A expectativa era encontrar cerca de US$ 1 milhão escondidos no imóvel, segundo as investigações.
O mentor do esquema seria o empresário e ex-candidato a vice-prefeito de Niterói em 2020, Alexandre Ceotto André. Ceotto, que já havia vendido o imóvel à vítima e era seu amigo pessoal, forneceu informações detalhadas sobre a planta do apartamento e a rotina do morador, que estava viajando no dia do furto.
Durante a operação, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Ceotto, nos bairros de Icaraí e Itaipu, apreendendo computadores e celulares que podem fornecer mais detalhes sobre a organização do crime. Ambos, Ceotto e Galda, foram indiciados por furto qualificado e as investigações continuam para identificar possíveis outros envolvidos.
O caso chama a atenção pela sofisticação da execução e pela ousadia dos envolvidos, demonstrando como o crime organizado pode explorar brechas em sistemas de segurança para realizar ações ousadas e bem planejadas.
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