Desta vez, não é um blog ou um youtuber que questiona o poder de Alexandre de Moraes. É o Departamento de Justiça dos EUA. Sim, aquele que prende bilionário, que investiga presidente, que não costuma mandar recado à toa.
Segundo o The New York Times, o DOJ enviou um documento formal repreendendo Moraes por tentar impor ordens judiciais brasileiras à Rumble e à Truth Social, plataformas sediadas nos EUA — a última, inclusive, de Donald Trump. O aviso foi claro: "Você pode aplicar a lei no Brasil, mas não pode dar ordens às empresas daqui."
Era previsível. Quando Moraes mandou tirar conteúdo do ar fora do Brasil, muitos juristas alertaram: isso não se sustenta no direito internacional. Mas a arrogância judicial falou mais alto que o bom senso. E agora, virou caso diplomático.
Engraçado: quem sempre gritou "interferência estrangeira" agora sonha em controlar empresas em solo americano.
A verdade é que a ação da Rumble e da mídia de Trump na Flórida, tratada com desdém pela imprensa brasileira, ganhou respaldo do maior império jurídico do Ocidente. Não é pouca coisa. E a resposta veio de onde dói: da legalidade americana, da soberania digital dos EUA e do medo real de que a censura brasileira cruze fronteiras como um vírus autoritário.
A pergunta que fica é: até onde vai esse “ministro de tudo”? A que custo o Brasil se verá isolado, envergonhado, questionado nas cortes e nos corredores de Washington?
O Brasil não é uma ilha. E a liberdade — ainda que sufocada aqui — respira lá fora.
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