O vereador Fernando Armelau (PL) entrou em rota de colisão com o Executivo municipal ao apresentar 81 emendas ao Projeto de Lei Complementar nº 13/2025, de autoria do prefeito, que trata da regulamentação do armamento da Guarda Civil Metropolitana (GCM-RIO). Para Armelau, o projeto enviado à Câmara é “fraco, burocrático e ideologizado”, mais preocupado em agradar setores da esquerda do que em garantir a segurança dos cariocas.
“Armar a Guarda é proteger o cidadão de bem. Não aceitaremos uma Guarda desmoralizada e desarmada enquanto o crime circula armado com fuzil”, disparou Armelau durante coletiva com apoiadores da causa.
Com um discurso firme e alinhado aos valores conservadores de autoridade, ordem e valorização funcional, Armelau elaborou um conjunto de medidas que visam reestruturar, na prática, a política de armamento da GCM-RIO. As principais mudanças propostas pelo parlamentar incluem:
Porte de arma irrestrito para todos os guardas, mesmo fora do expediente, com respaldo no princípio de autodefesa e continuidade da função pública;
Autorização para aquisição pessoal de armas de fogo, conforme previsto no Estatuto do Desarmamento, sem depender da boa vontade do governo;
Proibição de contratos temporários, combatendo práticas de apadrinhamento político e fortalecendo o princípio da meritocracia;
Gratificações por desempenho, bônus para ações voluntárias e estímulo à elite operacional da GCM, a recém-criada Força de Ação Rápida (FAR);
Fim da obrigatoriedade subjetiva de laudos psicológicos periódicos, que, segundo Armelau, têm sido usados para desarmar injustamente agentes experientes;
Blindagem contra retaliações administrativas: guardas não poderão ser desarmados por simples mudança de lotação ou reassentamento interno.
Na visão do vereador, o projeto apresentado pelo prefeito é um “marketing de fachada”, elaborado para mostrar resultados eleitorais sem, de fato, empoderar a Guarda. “Esse projeto, do jeito que está, é maquiagem. Não resolve nada. Apresentei 81 emendas para blindar a Guarda e impedir que o projeto vire arma contra os próprios agentes”, afirmou.
Armelau também subiu o tom contra os colegas de plenário: “Vamos expor quem votar contra. Chega de vereadores em cima do muro. Ou estão com o cidadão e a segurança, ou com o caos e os criminosos. É hora de separar os homens dos meninos”, declarou em discurso inflamado.
Para além do debate ideológico, o vereador defende que suas propostas têm como objetivo tornar a estrutura pública mais eficiente, respeitada e funcional. Ele argumenta que valorizar o guarda civil é uma forma de proteger o servidor e, ao mesmo tempo, garantir que o cidadão tenha uma força de segurança realmente capacitada e atuante.
“Uma Guarda bem treinada, bem equipada e com respaldo legal é um braço fundamental da ordem pública. Chega de sucatear a autoridade em nome de discursos vazios”, disse Armelau.
Com as emendas protocoladas, Armelau agora articula o apoio de pelo menos 17 vereadores para garantir sua aprovação e evitar que o projeto seja aprovado com fragilidades. Segundo ele, mobilizações populares e audiências públicas estão sendo organizadas para pressionar os indecisos.
Enquanto setores da esquerda tentam barrar a ampliação do porte e outras medidas mais incisivas, a base da direita e grupos da segurança pública já se mobilizam para garantir que as emendas avancem no plenário.
A batalha pela regulamentação do armamento da Guarda Civil Metropolitana está apenas começando, mas o tom já foi dado: Fernando Armelau transformou o debate em uma bandeira de coragem, eficiência e autoridade. Com 81 emendas na mão e apoio crescente de guardas, especialistas em segurança e eleitores conservadores, o vereador entra para a história da Câmara do Rio como o principal defensor da dignidade funcional da GCM-RIO.
Enquanto isso, o Executivo terá que se explicar: o povo aceitará um projeto decorativo, ou exigirá, como Armelau propõe, uma Guarda forte para uma cidade segura?
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