Quem teve paciência para assistir, sem cortes, o depoimento de Mauro Cid no Supremo Tribunal Federal pôde comprovar com os próprios olhos: a tal “trama golpista” não passa de um enredo mal costurado, sustentado por contradições gritantes e por uma velha imprensa que só mostra o que convém à sua narrativa.
A estratégia midiática é clara: fragmentar o depoimento e apresentar apenas os trechos que reforçam a tese de que Jair Bolsonaro teria articulado um golpe de Estado. Mas, ao observar o depoimento completo, o que se vê é um ex-ajudante de ordens visivelmente inseguro, constantemente confrontado com as próprias palavras ditas em delações anteriores, e que precisou recorrer à desculpa de “interpretações equivocadas” para justificar as inúmeras incoerências.
Em sua fala mais recente, Cid admitiu que nem tudo o que disse nas delações condiz com a realidade dos fatos. A história da "minuta do golpe", por exemplo, já mudou de versão pelo menos três vezes. Em um momento, a minuta continha ordens de prisão contra ministros do STF; depois, teria sido "editada" por Bolsonaro para suavizar o conteúdo — sem qualquer ação concreta além disso. Nada foi assinado. Nada foi executado. Nenhuma tropa foi mobilizada.
E mesmo assim, o espetáculo segue armado.
A imprensa militante, que abandonou o jornalismo de apuração há muito tempo, continua alimentando a fantasia do “golpe de Estado”, usando o depoimento de um réu confesso, com interesses claros em se livrar da cadeia, como peça-chave da acusação. Mas se há uma conspiração em curso, ela parece ser contra a verdade, não contra a democracia.
As contradições de Mauro Cid são evidentes: o que foi dito na delação não bate com o depoimento em plenário; os supostos detalhes da conspiração se dissolvem no ar quando confrontados com perguntas simples. E o mais grave: a base jurídica da acusação é cada vez mais sustentada por interpretações e conjecturas, não por fatos concretos.
O Brasil merece mais do que isso. Merece justiça com isenção, e não julgamentos conduzidos por narrativas políticas ou conveniências ideológicas. O “golpe” que a velha imprensa insiste em empurrar goela abaixo do povo parece mais uma manobra de distração diante do fracasso do atual governo e do desconforto da elite progressista com a força do conservadorismo popular.
No fim, a grande pergunta que fica é: quem será responsabilizado quando tudo isso ruir como um castelo de cartas?
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