No podcast “Nikity das Antigas”, o convidado Mestre Fumê reviveu sua trajetória desde os dias de brincadeiras nas ruas de Santa Rosa até se tornar um dos grandes nomes da capoeira carioca. Com leveza e carisma, ele descreveu uma infância marcada pela liberdade, referências familiares sólidas e um primeiro contato com a luta que viria a mudar sua vida.
Seu ingresso na capoeira ocorreu após um episódio de coragem na escola. Incentivado pelo pai, passou a treinar com o mestre Alexandre Batata, onde descobriu sua verdadeira vocação. Aos 18 anos já competia em alto nível, conquistando títulos estaduais e sendo integrado à equipe do estado do Rio.
Fumê também se destacou internacionalmente, participando de campeonatos na Europa como árbitro e instrutor. Ele compartilhou a ligação histórica da capoeira com a resistência negra, revelando como essa arte marcial camuflada em dança serviu de defesa e símbolo cultural para os escravizados.
Nos anos 1990, diante da evolução das lutas de contato, Fumê se aprimorou no jiu-jitsu, alcançando a faixa preta após os 50 anos. Mesmo após deixar o Exército e um emprego bancário, seguiu firme na missão de ensinar capoeira, dedicando 35 anos à formação de novos praticantes.
A entrevista também trouxe momentos bem-humorados, como a briga no Praia Clube e sua participação em uma peça teatral na UFF. Sua espontaneidade revelou um mestre não só de movimentos, mas também de histórias, emoções e lições de vida.
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