Em um bate-papo franco no novo programa do Circuito Aberto, a psicanalista Júlia Martins trouxe reflexões profundas sobre a saúde mental contemporânea. A conversa iniciou com a apresentação do projeto que busca levar conhecimento à população de forma acessível, abordando temas psicológicos sem tabus.
“Hoje a saúde mental é mais falada por conta das redes sociais, mas ela sempre foi essencial”, comentou Júlia, explicando que a visibilidade do tema não reflete necessariamente avanço no cuidado. Segundo ela, o excesso de distrações digitais e a cultura do imediatismo dificultam o autoconhecimento e alimentam comportamentos fúteis.
A psicanalista apontou que as redes sociais intensificam a comparação e a frustração. "Quando você não se conhece, aceita o que os outros impõem como verdade. Viver de aparências é um adoecimento". Influencers, segundo o apresentador, muitas vezes vivem uma "doença mental coletiva" ao vender uma vida que não possuem, gerando inveja, sentimento de incapacidade e desvio de foco dos próprios objetivos em seus seguidores.
O apresentador compartilhou seu processo de transformação após sete cirurgias, separação e crises pessoais. "O estoicismo me ajudou a sair do vítima e aceitar os erros como aprendizado". Júlia reforçou que exercitar a mente é tão importante quanto cuidar do corpo, e que filosofia e psicologia não devem ser vistas como distantes da vida prática.
Ambos relataram como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade impactou suas trajetórias, desde a impulsividade até a dificuldade de organização e baixa confiança. O apresentador revelou como enfrentar seus “monstros” internos o fez evoluir como pessoa, aprendendo a perdoar a si mesmo e aos outros sem carregar culpas paralisantes.
O quadro tem como objetivo abordar semanalmente temas de saúde mental, filosofia, comportamento e autoconhecimento com convidados e também em formato de exposição individual da psicanalista. “As pessoas vão entender que felicidade é verbo, é ação, é construção interna e não um destino final”, disse Júlia, ao encerrar a entrevista com a esperança de que o projeto possa ajudar pessoas a despertarem para um modo de viver mais consciente.
Mín. 17° Máx. 21°
Mín. 16° Máx. 21°
Tempo limpoMín. 16° Máx. 23°
Tempo limpo